domingo, 27 de julho de 2008

Não dá pra agüentar.

Puta que pariu!!! O Palmeiras hoje foi operado pelo árbitro FIFA Wagner Tardelli, e apesar do começo desse texto, lhes garanto que essa não será mais uma demonstração fanática pelo meu Verdão do Parque Antarctica. No jogo de hoje em Porto Alegre, o árbitro acabou decidindo a partida para o time dos pampas. Aos 17 minutos do segundo tempo, Kléber foi derrubado na área de frente para a meta com chance clara de gol, situação que caracteriza lance para expulsão, mas o juizão não teve nem a decência de aplicar o cartão amarelo. Foi uma das poucas vezes na minha vida em que não comemorei a marcação da penalidade, pois sabia que a decisão estúpida do árbitro prejudicaria o andamento do resto da partida. Mas como eu estaria feliz se os erros acabassem por aí. Pois, menos de 10 minutos depois da primeira lambança, o senhor Tardelli arrumou de ajudar o líder do campeonato mais uma vez, quando Anderson Pico dominou a bola na área do Palmeiras com o braço e ajeitou para um chute certeiro, empatando assim a partida, mantendo Grêmio na liderança, e empurrando o Palmeiras da 4ª para a 6 ª posição.

É isso que não dá mais pra agüentar. Em pleno século XXI, era digital, essa coisa toda, enquanto todos os esportes se modernizam e dão show de tecnologia, exemplos não faltam, como o tênis, o basquete, o hóquei (pioneiro no uso de repetição de imagens para auxiliar os árbitros), o futebol americano, o futebol ainda parece viver na pré-história, ou pelo menos nos românticos anos de Charles Miller.

Até quando partidas e títulos continuarão sendo decididas pela atuação do juiz? O que não podemos, como fãs de futebol, é aceitarmos que o trabalho de toda uma temporada, de um clube que se prepara para ser campeão, vá pelo ralo graças a má atuação de um árbitro, movida pelo despreparo, ou mesmo por más intenções, como aconteceu com o Santos na final de 95 contra o Botafogo, ou mais recentemente com o Inter, em todo aquele episódio deprimente da anulação de partidas no campeonato de 2005 por conta da máfia do apito.

Sinceramente, não foi a partida de hoje que me instilou a pensar dessa forma ou a escrever esse texto, não foi só a não vitória do meu querido Palmeiras que me influenciou a desabafar aqui nesse espaço, mas sim toda a história de um esporte tão apaixonante e ao mesmo tempo tão sujo quanto o futebol. Às vezes dá até vontade de largar mão, de parar de assistir e acompanhar, pois, com certeza não há no mundo esporte profissional tão imundo quanto o nosso futebol, e os trouxas somos nós, que hipnotizados pela magia que esse esporte exerce, não conseguimos enxergar aquilo que está diante dos nossos olhos.

Chego ao exagero de pensar se há diferença entre o futebol e a luta livre.

P.S.: Pra ser justo com a Portuguesa, que no meio da semana sofreu dois gols de mão do Flamengo. Resultado da partida? 2 x 2. Pode?

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